
Abdico à tua Alma
Somos escravos do egoísmo
Somos munidos de edonismo
Somos a luz no fim do abismo
Somos parte do viver e do Morrer
Somos a colheita do puro prazer
O que nos mata e a voz que não quer falar
O que nos prende é o não-direito de gritar
O que não pode nos silenciar
São as vozes divinas a clamar
Sonhar com um futuro presente
É morrer junto com nossa gente
Seu edonismo e nosso egoísmo
Me afundem neste teu abismo
Mostrem-me um sinal
Um foco sutil e banal
De que podemos nos libertar
E o destino conseguir apagar
Imagens tortas de amores
Cegam todas estas dores
Que insistem em permear
Este meu coração a vagar
Mostre este teu poder das trevas
E a divindade te cobrirá de relvas
Elas serão as únicas que poderão lhe salvar
Serei um oponente sagaz e não irei titubear
As feridas que abriste jamais irão curar
Pois não os perdoou, não irá se libertar
Abdico à esta soma infernal
Abdico à tua ansia magistral
Abdico ao final de cada estrofe
Abdico à você que comigo sofre
Dor irônica, se vá e se esgote!
AP.
31/08/2010
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