
Neste coração sombrio
Sinto um doce calafrio
Como se o vento o queimasse
Como se este amor o matasse
Seguindo umas sórdidas loucuras
Que se tornam eternas fissuras
E o vento nos guia para o lado oposto
Posso ver minhas lágrimas de desgosto
No meio do caminho eu encontrei a morte
Mas reneguei meu destino e aquela sorte
Que aliviaria meus males e estas angústias
Suprindo-me destas dores fétidas de astúcias
A convicção se torna compaixão
Rejeitando sutilmente meu coração
Na escada da morte posso sentir um anjo me puxar
Será que este ser angelical conseguirá me salvar?
Morra, coração negro-noite!
E salve-me deste teu açoite.
AP. 19/03/2010.
Morra coração!! Será que o anjo poderá me salvar?? Este com certeza não é um questionamento pessoal. Muitas vezes temos dúvidas, será?? Adorei. As rimas, a forma, toda a estrutura do seu poema, mas a morbidez (se existe essa palavra,rsrsrs) é o que causa o maior impacto, esse seu estilo Assis está incorporado e foi mutável, evoluiu, ficou melhor, bem melhor do que o suposto criador. Aline, show!!!!!! Parabéns!!!!
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