
Neste coração sombrio
Sinto um doce calafrio
Como se o vento o queimasse
Como se este amor o matasse
Seguindo umas sórdidas loucuras
Que se tornam eternas fissuras
E o vento nos guia para o lado oposto
Posso ver minhas lágrimas de desgosto
No meio do caminho eu encontrei a morte
Mas reneguei meu destino e aquela sorte
Que aliviaria meus males e estas angústias
Suprindo-me destas dores fétidas de astúcias
A convicção se torna compaixão
Rejeitando sutilmente meu coração
Na escada da morte posso sentir um anjo me puxar
Será que este ser angelical conseguirá me salvar?
Morra, coração negro-noite!
E salve-me deste teu açoite.
AP. 19/03/2010.